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Adelino Gomes: “Para lutar pela liberdade de imprensa”

  • Foto do escritor: Mariana Serrano
    Mariana Serrano
  • 18 de jun. de 2021
  • 2 min de leitura

Da ditadura ao 25 de abril, Adelino Gomes viveu o jornalismo. Mais do que que um mero observador, deu a voz em momentos fatídicos. Dentro e fora das fronteiras portuguesas, viu as alterações sociais de perto.



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Adelino Gomes na Escola Superior de Comunicação Social em 2019 - Fotografia de Joana Ochôa, 2015 (Repórteres em Construção)


Adelino Gomes é jornalista há mais de quarenta e dois anos. Durante a sua carreira, foi jornalista na Rádio Clube Português, na Renascença, na Deutsche Welle, na Radiodifusão Portuguesa, na RTP e no Público, sendo um dos fundadores do jornal. Foi também docente e investigador, tendo uma vasta publicação literária da sua autoria. Numa conferência que teve lugar na

Ficou apaixonado pelo jornalismo quando, ainda na faculdade de direito, ouviu um anúncio da emissora nacional, que informava a existência de um concurso para a rádio universidade. A rádio fascinava-o desde pequeno. Confessa numa gargalhada que no concurso, dos doze que entraram, ficou colocado em décimo primeiro. Passado pouco tempo, propunha que a rádio, que só tinha programas, passasse a fazer um serviço de noticiários. Na sua primeira reportagem, sentiu a censura pelas mãos do diretor. E esta prolongou-se vida a fora. Mas isso nunca se mostrou um impasse à sua vontade de fazer jornalismo, fazia-o “para lutar pela liberdade de imprensa”.

A sua jornada não se limitou a Portugal. Foi o último repórter a visitar Timor antes da proclamação eleitoral da independência, viveu de perto momentos intensos, como a morte de jornalistas a uma distância curta da sua equipa. Mas a vontade de inovar era maior. Enquanto um dos fundadores do público, relembra o cruzamento de frente em que tinha jornalistas ao lado de cada uma das forças militares. Viu de perto o boom das tecnologias.

Os meios que o jornalismo tem nas mãos nos dias de hoje são algo nunca antes visto. E a rapidez dita o compasso das redações, mas Adelino acredita que isso não talha uma má qualidade nos órgãos. Da mesma forma que desde sempre havia quem tentasse procurar o imediato, fala sobre comunicações em que os repórteres falavam do regicídio. Como desde sempre, nas palavras de Adelino Gomes, sempre houve bons e maus jornalistas, e isso ainda existe nos dias de hoje. O necessário é tentar repensar e retratar o mundo da melhor forma.


Elaborado para a cadeira de Jornalismo Internacional

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